CCMQ

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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

TEXTO DOS ALUNOS - Bárbara A. Sanco


Game over
Começa o jogo.
Ai, meu pé esquerdo está doendo mais que o direito. Acho que estão reclamando a saudade de 20 anos de salto alto, já que hoje calcei um tênis chatinho. É deve ser isso mesmo, o incômodo me faz entender com significação mais concreta o adjetivo. Mas que fazer, preciso caminhar até o ônibus.
Saio do prédio e alcanço a rua e nela as luminárias do passado são árvores de fogo branco, entre mesas de plástico apinhadas de gente, num happy hour esticado. Deixo minha colega num táxi e sigo pelo calçamento de pedras. Os bares ficaram para trás. O burburinho vai virando sussurro. Abro um meio sorriso ao lembrar aquela barba grisalha e cônica vestida de paletó e gravata cinza que visitou a sala de aula hoje. Que figura!
Dou-me conta que as pessoas rareiam e que virei recheio entre o comércio de portas fechadas. Dá um friozinho na barriga, receio de ser assaltada, então apresso meu manquitolar. Transmuto o medo em coragem ao encarar a tarefa como aventura. Há quem pague para sentir medo na montanha russa, pelo menos medo de assalto é de graça. Já perto da parada escuto a música ao vivo que vem do Chalé e que dá trilha sonora para minha façanha. Que sorte, o Carlos Gomes na parada espera eu embarcar. Pago a passagem e desligo o alerta máximo, fim da primeira fase.
As próximas, desembarcar e caminhar uma quadra até em casa são de baixo grau de dificuldade e venço sem esforço.
Chave na porta, game over, em casa ilesa guardo os bônus de vida para o jogo de amanhã.

TEXTO DOS ALUNOS - Fátima Paródia

Um Deus pra libertar minha avó 

Quando se tem dez anos, a vida é tão somente um clarão de sol, a morte é sombra que não se vê. Intuitivamente, eu sabia - era a reta final pra minha avó. Então, me intitulei enfermeira-chefe, acreditava piamente que somente eu, saberia tomar conta dela. Ora, não se preocupe com estas escaras. 

Dizia , quando percebia meu esforço, para trocar-lhe a posição na cama - Estas chagas são como rosetas em jardim velho, necessárias pra que se perceba o fim. O que preciso agora menina, é que você caminhe até aquela estante azul e traga um livro de Neruda. Mas vá devagar, em silêncio, com se calçasse somente meias. Abra a jinela, deixe a lua ouvir o poeta. Sorri pra ela, corpo sumido sob os lençóis. Janela, vó, janela. Aquela doce criatura de palavras erradas, não sabia ler nem escrever, uma pena - tinha uma alma que transbordava quando ouvia poesia. Especialmente Neruda, a quem considerava - um Deus das coisas bonitas. Era a primeira vez que eu enfrentava a morte. 

Decidi que deveria manter a cabeça erguida, com coragem, pois se fugisse, certamente passaria o resto dos dias com medo de tudo. Escolhi a poesia de Neruda para acompanhar meus passos. Era só o que podia fazer naquele momento, por mim e por ela. Recolher os fios do canto do poeta, erguer uma ponte, deixá-la partir. Tínhamos um ritual noturno. Sob a meia-luz do abajur, numa atmosfera de rosas e dálias, lia Neruda. Ela fechava os olhos, às vezes repetia as palavras, baixinho, numa oração. Juro tinha momentos que olhava pra minha avó - via suas asas - suaves e densas, movimentando-se sob um som abafado, numa música sem música. 

Devia ser por que o sentimento que tinha por ela rodopiava no quarto, tirando o peso da gente. De vez em quando, ela pedia que eu lesse coisas que eu mesma escrevia. Então sorria, minha pequena Neruda, dizia emocionada segurando minhas mãos. Sabia que não era verdade, mas mentirinha na boca da vó tinha gosto de algodão-doce. Uma noite, enquanto eu cochilava na poltrona a seu lado - ela se foi. O quarto mergulhado na luz prateada da lua. Ajoelhei-me aos pés da cama, rezei baixinho Vai em paz minha avó. Deixe que Neruda liberte agora, os “pássaros que dormiam em tua alma”.

TEXTO DOS ALUNOS - Rui Carlos Pizzato

O Cantor que não sabia cantar

Alegro minha alma em primeiro lugar. O cantor se exibe para si mesmo antes de exibir-se para os outros. Às vezes eu aceito pedidos dos que estão à minha volta, mas normalmente eu quero expressar o que eu sinto no momento. É difícil para as pessoas entenderem essa explicação. Podem pensar que sou egoísta, mas não sou. 

Eu canto acompanhado do meu violão, presente de um grande amigo meu. Violão antigo, já usado, mas de boa performance. Outras pessoas já acariciaram aquele violão. Não tenho ciúmes. O violão tem o formato de um corpo de mulher por esse motivo. Para ser acariciado, tocado com carinho. Ser tratado como se uma mulher fosse, Como uma mulher merece. As cordas devem ser ajustadas e trocadas como um vestido. O vestido do corpo violão da mulher. Cordas de festa, cordas de baile, cordas para lembrar momentos íntimos, cordas para poucas pessoas poderem ouvir. Prefiro o violão sem som elétrico. Ele tem que ser como minhas cordas vocais. 

O som sai com naturalidade. Às vezes mais alto, às vezes mais baixo. Mas natural. Sem amplificação. Assim é o vestido de uma mulher. Deve realçar seu corpo naturalmente, sem artifícios. Mostrar o que pode e insinuar o que não pode. Assim é meu violão. Assim é o meu canto. Agradando ou não, eu canto. Ponho para fora o que minha alma fala comigo. Quando estou triste, busco os antidepressivos oriundos das notas musicais. Bolinhas com tracinhos para cima ou para baixo. Procuro músicas que me deixam mais triste ainda. Contrassenso? Não para mim. Consigo assim penetrar mais fundo na minha alma, para tentar encontrar a razão daquela tristeza e aproveitar pouco a pouco as oitavas acima como se fosse uma escada para sair do poço onde me encontro. Sempre tenho êxito. 

Posso às vezes demorar mais, mas consigo sempre subir a escada para poder olhar para o horizonte da vida. Quando estou alegre, minha alma já está transbordante. As notas musicais são semelhantes, então, às borbulhas de um espumante, que sobem sempre à superfície. E estouram para que eu possa sentir seu odor. Sentir o sabor da vida. Felizes são os que conseguem interpretar essas pequenas nuances de uma música, das notas musicais. Os pequenos detalhes da vida. Eu sou assim. Desejos, desejos. Sonho? Quem sabe um dia eu poderei realizar esse sonho. Por quê? Por que sou mudo.
História da crônica no Brasil


> Mescla-se a própria história do jornalismo, desde o século XIX está presente nos jornais brasileiros;

> José de Alencar já publicava no Correio Mercantil em 1854;

> Machado de Assis publicou por quarenta anos romances em capítulos, denominados folhetins;

> Considerada gênero menor pela característica efêmera consagrou-se pelo ritmo rápido e pela relação com o cotidiano;
 
> A crônica se afastou da História com o avanço da imprensa e do jornal. Tornou-se "Folhetim". João Roberto Faria no prefácio de Crônicas Escolhidas de José de Alencar nos explica:

"Naqueles tempos, a crônica chamava-se folhetim e não tinha as características que tem hoje. Era um texto mais longo, publicado geralmente aos domingos no rodapé da primeira página do jornal, e seu primeiro objetivo era comentar e passar em revista os principais fatos da semana, fossem eles alegres ou tristes, sérios ou banais, econômicos ou políticos, sociais ou culturais. O resultado, para dar um exemplo, é que num único folhetim podiam estar, lado a lado, notícias sobre a guerra da Criméia, uma apreciação do espetáculo lírico que acabara de estrear, críticas às especulações na Bolsa e a descrição de um baile no Cassino."
> Na época das grandes navegações, a carta de Pero Vaz de Caminha ao rei D. Manuel é tida como a primeira crônica nacional. O relato da descoberta de nosso país era uma crônica no sentido atribuído ao vocábulo, ou seja, narrativa em ordem cronológica do que acontecia no Novo Mundo.

> Alguns cronistas: Machado de Assis, João do Rio, Rubem Braga, Helyda Rezende, Fernando Sabino, Carlos Drummond de Andrade, Vinicius de Moraes, Henrique Pongetti, Paulo Mendes Campos, Alcântara Machado, Carlos Heitor Cony, Luis Fernando Veríssimo, Martha Medeiros, David Coimbra e outros.
Os cronistas são os espiões da vida, e muitos são os bons cronistas brasileiros.
JOÃO DO RIO Consagrou-se como cronista mundano, que, ao invés de um simples registro do formal, fazia o comentário dos acontecimentos que tanto podiam ser do conhecimento público quanto da imaginação do cronista, tudo examinado pelo ângulo da recriação do real. Ele inventava personagens e dava aos seus relatos um toque ficcional.

FERNANDO SABINO Sempre voltado para a busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano, ele nos mostra que o cronista tem seu "momento de escrever" e que, apesar da pressa, característica do ofício, ele também recebe o impulso da inspiração, seleciona e pesquisa, trabalhando o texto em suas diferentes fases.

SÉRGIO PORTO Traz a força total do humor tipicamente brasileiro expresso nas crônicas de Stanislaw Ponte Preta. Além de registrar a vida cotidiana, ele critica aquele tipo inculto que inventa palavras e expressões, criando um mundo de baboseiras (na mira, Ibrahim Sued). Influenciado por Manoel Bandeira, consciente das técnicas narrativas e dos recursos da língua, Porto recupera, através do humor, a poesia. Foi um raro criador de tipos que representam a índole do povo brasileiro, dando-lhes sempre a preferência em suas narrativas, um tanto fatídicas.

LOURENÇO DIAFÉRIA Segue outra vertente do humorismo: a precedência dos fatos sobre os personagens que os vivem, vistos com um olhar mais otimista. Consciente de que sua função é prestar atenção ao banal, ele vai costurando retalhos de informações até transformá-los em um relato verossímel, estruturado de acordo com as leis da coerência do texto, as peças ajustadas como num quebra-cabeça. Diaféria vai cumprindo o exercício da crônica como um testemunho do nosso tempo, contando as tragicomédias diárias, fazendo o leitor recuperar seu senso crítico enquanto se diverte, alcançando o que está além da banalidade.

PAULO MENDES CAMPOS É um caçador de imagens perdidas nas lembranças. Suas crônicas parecem poema em prosa tentando resgatar o tempo da infância perdida, em um jogo de analogias que envolve o leitor num somatório de emoções. Seu universo imaginário aproxima-se do real, permitindo ao leitor suportar as pressões do mundo convencional e partir para buscar novos horizontes, lembrando que ainda vale a pena viver.

CARLOS HEITOR CONY A experiência pessoal serve como ponto de partida para o trabalho deste cronista. Do convívio com sua própria família nascem as reflexões que servem de pretexto para formar uma visão crítica do mundo. Transitando entre textos despreocupados e dramáticos, Cony demonstra claramente sua preocupação em mergulhar na alma de seus personagens para melhor compreender os mistérios do ser, aproveitando "a leveza da crônica para buscar a leveza do espírito, na imagem do amor eternamente retornando ao homem e lhe devolvendo o sentido da humanidade".

CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
Seus textos apresentam a magia da síntese, o ritmo adequado, o jogo de imagens e o fino humor que revela o cansaço da vida e sua reabilitação. Drummond sabe que a crônica também tem sua "musa", o objeto nomeado para o nosso reencontro com a essência, nosso renascer. Dessa relação ele tira o necessário distanciamento para compreender seus próprios atos, confirmando o encontro do homem com alguma coisa que esta fora dele.
VINÍCIUS DE MORAES Apesar de considerar a "prosa como uma arte ingrata" ele mantém o equilíbrio entre o não ficcional e o ficcional, usando artimanhas peculiares. Transita entre a poesia, a prosa e a crônica usando
subjetivismo como forma de apreensão do ser humano. Um artista, no sentido pleno da palavra.

RUBEM BRAGA Dotado de uma sensibilidade especial e um lirismo reflexivo, Braga conhece a importância dos pequenos momentos que, somados, completam o quebra-cabeças da vida. Certamente capaz de produzir contos, novelas ou romances, ele não se deixou seduzir pelos chamados "gêneros nobres" e tornou-se essencialmente, cronista. Ocupa lugar de destaque na história da crônica brasileira. Pertencendo à linhagem do poeta Manuel Bandeira, de quem recebeu influência e de João do Rio, antecessor de todos os cronistas, Ruben Braga através de valores que recebeu em sua formação situa-se como um indivíduo num contexto social amplo. Ele compõe, então, um caminho claro, através do qual o prazer da leitura pode ser reencontrado, mostrando, através de um fato miúdo ou da estória inventada, a nossa própria estória. Ler Ruben Braga é encantar-se com suas palavras. *
* Sá, Jorge de. A Crônica. Ática, São Paulo, 1985, pág. 9.



segunda-feira, 27 de agosto de 2012

A crônica

O que é uma crônica?


> Seção ou coluna de revista ou de jornal consagrada a um assunto especializado;

> Conjunto das notícias ou rumores relativos a determinados assuntos;

> Narração histórica, ou registro de fatos comuns, feitos por ordem cronológica;

> Texto jornalístico redigido de forma livre e pessoal, e que tem como temas fatos ou idéias da atualidade, de teor artístico, político, esportivo, etc., ou simplesmente relativos à vida cotidiana;

> A crônica é um gênero híbrido que oscila entre a literatura e o jornalismo, resultado da visão pessoal, particular, subjetiva do cronista ante um fato qualquer, colhido no noticiário do jornal ou no cotidiano;

> Após cercar-se de acontecimentos diários, o cronista dá-lhes um toque próprio, incluindo em seu texto elementos como ficção, fantasia e crítica - opinião, elementos que o texto essencialmente informativo não contém.

> O cronista pode ser considerado o poeta dos acontecimentos do dia-a-dia.

> A crônica era a princípio um relato cronológico de fatos, uma narração de episódios; A palavra crônica deriva do Latim chronica - narração de histórias segundo a ordem em que se sucedem no tempo.

> Com o aparecimento do jornal a crônica ganhou características de folhetim; Aos poucos foi se afastando e se constituindo como gênero literário: a linguagem se tornou mais leve, mas com uma elaboração interna complexa, carregando a força da poesia e do humor.
 
> A fórmula moderna reúne um fato pequeno, uma notícia, um toque de humor, uma pitada de poesia e representa o encontro mais puro da crônica com a vida real e com seu cúmplice favorito, o leitor. Mas, apesar de seu ar despreocupado, de quem está falando de coisas sem maior conseqüência, a crônica penetra fundo no significado dos atos e sentimentos do homem, aprofundando a crítica social. (Nissia Maria)

> Em regra geral, a crônica é um comentário leve e breve sobre algum fato do cotidiano. Algo para ser lido enquanto se toma o café da manhã, na feliz expressão de Fernando Sabino. O comentário pode ser poético ou irônico, mas o seu motivo, na maioria dos casos, é o fato miúdo: a notícia em quem ninguém prestou atenção, o acontecimento insignificante, a cena corriqueira. Nessas trivialidades, o cronista surpreende a beleza, a comicidade, os aspectos singulares. O tom, como acentua Antonio Candido é o de "uma conversa aparentemente banal".

> Fernando Sabino tem uma das melhores delimitações de crônica, dizendo que ela "busca o pitoresco ou o irrisório no cotidiano de cada um".  Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num incidente doméstico, torno-me simples espectador.

Meu professor Jaime Cimenti disse uma vez que qualquer coisa é assunto para um cronista que é um vampiro de assuntos, tem como vício aproximar-se das pessoas para roubar histórias.

Material complementar: O cronista é um escritor crônico.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Como melhorar sua escrita


- Escreva bilhetes, cartas, e-mails: treine
- Brinque de jogos educativos: cruzadas, caça palavras
- Copie bons textos: poemas, letras de música
- Leia sempre
- Participe de redes sociais: troque ideias
- Tenha sempre um dicionário por perto

O que a leitura pode fazer por você

- Soltar sua imaginação
- Estimular sua criatividade
- Aumentar seu vocabulário
- Facilitar a escrita
- Simplificar a compreensão das coisas
- Ajudar na vida profissional
- Melhorar a comunicação com os outros
- Ampliar seu conhecimento geral
- Ligar seu senso crítico na tomada

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Escrever e fazer bolo


o    Você certamente já fez um bolo, ou pelo menos viu alguém fazer um bolo, certo? Num primeiro momento você não tem nada, mas à medida que você vai adicionando os ingredientes, o bolo vai sendo construído. Você deve ter notado que a cada novo ingrediente adicionado à mistura, o bolo vai se transformando, se "aperfeiçoando", certo? Então, verifique a receita a seguir:
Receita básica de bolo
3 xícaras de farinha de trigo, 3 ovos, 2 xícaras de açúcar, 1 xícara de leite, 1 colher de fermento em pó, 3 colher de manteiga ou margarina
Colocar no forno e após 40 minutos mais ou menos = bolo
Agora, observe que a mesma lógica pode ser utilizada para a construção de um texto uma vez que ele precisa ser criado (elaborado) a partir da mistura de alguns ingredientes (palavras, ideias, ilustrações, etc.). É a partir da junção dos vários ingredientes de um 'bolo' que um texto surge, cresce e se solidifica. Verifique, então, como seria uma 'receita' para a construção de um texto:
Receita básica de texto
- Título - Desenvolvimento - Final
O que faz a diferença no bolo?
- Colocar o fermento sem bater
- Colocar as claras em neve no final
- Recheio
- Cobertura
- Adicionar ingredientes: licor, frutas, essências
- Cereja
E no texto? O que faz a diferença?
- A criatividade
- O vocabulário
- O modo de estruturar o texto
- A capacidade de envolver o leitor
- O conhecimento do assunto tratado
- Correção ortográfica e gramatical - Ser um bom leitor

Pense criativamente

Pensar criativamente é "pensar lateralmente". É basicamente isso.
Segundo Edward De Bono, "raciocínio vertical é cavar cada vez mais fundo no mesmo buraco, enquanto raciocínio lateral é tentar de novo em outro lugar". Em termos práticos, isto quer dizer que se não encontramos respostas satisfatórias para determinados problemas (do jeito que estamos procurando) devemos procurá-las em outro lugar, de outra maneira, olhando sob outro ângulo e através de outras associações. E a "chave" para pensar lateralmente é usar, simplesmente, a expressão "e se?”

Pensar criativamente é pensar "e se?"

- E se em vez de dividir eu multiplicar?
- E se em vez de pintar de verde eu pintar de vermelho?
- E se em vez de ir por aqui eu for por ali?
- E se em vez de deixar aqui eu puser ali?


Fonte: Projeto Saber

Material complementar: De onde vem a criatividade - Sérgio Navega

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

O que é uma oficina literária e para que serve?

Luiz Antonio de Assis Brasil escreveu: "sempre houve oficinas, e são tão antigas quanto a própria literatura. São lugares de criação, troca de idéias e aconselhamento. Tal como acontece na vida. Não são o fim e nem o começo de nada, as oficinas demonstram ser uma passagem, e de reconhecido proveito."

Concordo com o professor e escritor Assis Brasil. Muitas coisas que ouvimos nas oficinas parecem não encaixar com nosso perfil no momento, porém mais tarde, certamente reconheceremos como foi importante. Como exemplo posso citar as leituras que fazemos dos nossos textos e dos outros colegas de oficina, recebemos críticas que não parecem mostrar o que realmente somos, o que quisemos dizer. Depois aprendemos a usar positivamente os comentários que recebemos. Ao escrever só enxergamos o nosso sentimento, não nos colocamos na posição do leitor e isso também é importante para o aprimoramento do nosso texto.


Regras de boa convivência:
1) Todos querem participar contando suas histórias e experiências: ouça.
2) Não é preciso repetir o que já foi dito, a não ser que você tenha algo novo para acrescentar.
3) Comentar o texto dos demais colegas é uma forma de colaborar e não de ferir os sentimentos ou desrespeitar.
4) Colabore com os trabalhos do grupo através de observações pertinentes e criticas construtivas.
5) Traga para a oficina dicas de sites, livros e textos.
6) Lembre-se: Gentileza é essencial.