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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

A crônica

O que é uma crônica?


> Seção ou coluna de revista ou de jornal consagrada a um assunto especializado;

> Conjunto das notícias ou rumores relativos a determinados assuntos;

> Narração histórica, ou registro de fatos comuns, feitos por ordem cronológica;

> Texto jornalístico redigido de forma livre e pessoal, e que tem como temas fatos ou idéias da atualidade, de teor artístico, político, esportivo, etc., ou simplesmente relativos à vida cotidiana;

> A crônica é um gênero híbrido que oscila entre a literatura e o jornalismo, resultado da visão pessoal, particular, subjetiva do cronista ante um fato qualquer, colhido no noticiário do jornal ou no cotidiano;

> Após cercar-se de acontecimentos diários, o cronista dá-lhes um toque próprio, incluindo em seu texto elementos como ficção, fantasia e crítica - opinião, elementos que o texto essencialmente informativo não contém.

> O cronista pode ser considerado o poeta dos acontecimentos do dia-a-dia.

> A crônica era a princípio um relato cronológico de fatos, uma narração de episódios; A palavra crônica deriva do Latim chronica - narração de histórias segundo a ordem em que se sucedem no tempo.

> Com o aparecimento do jornal a crônica ganhou características de folhetim; Aos poucos foi se afastando e se constituindo como gênero literário: a linguagem se tornou mais leve, mas com uma elaboração interna complexa, carregando a força da poesia e do humor.
 
> A fórmula moderna reúne um fato pequeno, uma notícia, um toque de humor, uma pitada de poesia e representa o encontro mais puro da crônica com a vida real e com seu cúmplice favorito, o leitor. Mas, apesar de seu ar despreocupado, de quem está falando de coisas sem maior conseqüência, a crônica penetra fundo no significado dos atos e sentimentos do homem, aprofundando a crítica social. (Nissia Maria)

> Em regra geral, a crônica é um comentário leve e breve sobre algum fato do cotidiano. Algo para ser lido enquanto se toma o café da manhã, na feliz expressão de Fernando Sabino. O comentário pode ser poético ou irônico, mas o seu motivo, na maioria dos casos, é o fato miúdo: a notícia em quem ninguém prestou atenção, o acontecimento insignificante, a cena corriqueira. Nessas trivialidades, o cronista surpreende a beleza, a comicidade, os aspectos singulares. O tom, como acentua Antonio Candido é o de "uma conversa aparentemente banal".

> Fernando Sabino tem uma das melhores delimitações de crônica, dizendo que ela "busca o pitoresco ou o irrisório no cotidiano de cada um".  Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num incidente doméstico, torno-me simples espectador.

Meu professor Jaime Cimenti disse uma vez que qualquer coisa é assunto para um cronista que é um vampiro de assuntos, tem como vício aproximar-se das pessoas para roubar histórias.

Material complementar: O cronista é um escritor crônico.

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